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HISTORIAL

Ícaro

Normadia, 6 de Junho de 1944.
Um jovem soldado morre no histórico desembarque. De costas viradas para a praia, a última imagem que vê é uma vasta planície e os contornos de uma ave torneados pela intensa luz de um pôr-do-sol.
Londres, 1965.
Ícaro é um jovem que vive desde sempre com profundas marcas de uma perturbação psíquica. O seu mundo é uma realidade criada por si mesmo, partilhando os seus medos com figuras imaginárias. Enclausurado no seu quarto, Ícaro é protegido pela sua mulher (Penélope) que o ama independentemente do seu estado.
A sua clausura é resultado de um ímpeto inato de Ícaro: A ânsia por uma liberdade interior
A partir deste ímpeto surge um mistério e todas as personagens vão levar Ícaro a desvendar o motivo da sua perturbação: a liberdade utópica a ambição em viver em plena independência de tudo o que nos rodeia; o efeito das fantasias criadas pelo homem no seu próprio consciente; a necessidade constante em querer justificar todos os acontecimentos da vida humana; a obsessão pelo conhecimento ; o querer dominar o indominável.
Iowa, 1981
Morre em sua casa, no conforto do seu leito uma mãe que durante 37 anos aguardou a chegada do seu filho. Deitada na sua cama olhava mais uma vez pela janela na esperança que ele chegasse no derradeiro momento em que se despedia da vida. A última imagem que viu foi o pôr-do-sol por detrás do centenário carvalho que vive ainda hoje no seu quintal.
Será um erro querer justificar a vida? Será um terreno em que não nos devemos embrenhar?
Estaremos cada vez mais perto da verdade ou mais perto da loucura?
Esquizofrenia ou lucidez? Perturbação ou equilíbrio?
Atingiremos o verdadeiro estado de lucidez quando abandonamos a vida?

Elenco:
Ruben Coelho, Ana Paula Rodrigues, Raquel Aranda, Ana Luísa Ferreira e Gonçalo Henriques