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HISTORIAL

É meia noite, Dr Schweitzer

Por ocasião do seu 20º aniversário, a Fundação AMI (Assistência Médica Internacional) desenvolveu um programa de eventos com o grande objectivo de dar conhecer à sociedade civil portuguesa o resultado de vinte anos de trabalho, reconhecidos no nosso país e além fronteiras.

Uma das iniciativas programadas foi a apresentação da peça teatral “É meia-noite, Doutor Schweitzer”, trabalhada a partir do original “Il est minuit, Docteur Schweitzer”, de Gilbert Cesbron. A tradução do francês para a língua portuguesa é da responsabilidade da tradutora e linguista Manuela Lapa. A peça baseia-se em factos biográficos de Albert Schweitzer (1875-1965), o percursor da ajuda humanitária no mundo e fonte de inspiração de Fernando Nobre, o fundador e presidente da AMI.

"É meia-noite, Doutor Schweitzer”, lembra a enfermeira Marie, aconselhando o médico a dormir. Albert Schweitzer interrompe a melodia que toca no seu piano. Mas a doença não tem hora marcada e ouve-se já o aviso de que um menino doente está para chegar.

Estamos na selva, em plena África, num hospital primitivo em Lambaréné (Gabão), erguido por Albert Schweitzer. É Agosto de 1914 e se ali a preocupação é salvar a vida de doentes com disenteria, malária, doença do sono, lepra, entre outras. Na Europa, vive-se a I Guerra Mundial, facto que vem influenciar o quotidiano daquele lugarejo africano.

A Guerra, o Amor e a Morte jogam no mesmo tabuleiro das personagens de “É meia-noite, Doutor Schweitzer”. Assiste-se à luta por ideais, por missões, pelo cumprir ou não de decisões superiores, e à luta que baliza a razão e o coração... Lutas nas quais a liberdade é um conceito desventurado.

Através dos dois dias de acção desta peça dramática é possível conhecer o perfil do protagonista, “o maior homem do mundo”, segundo a Life Magazine, os seus feitos e as suas crenças humanitárias. Aqui é fácil perceber a sua aproximação com o povo africano, pelo qual trocou uma vida segura e uma brilhante carreira.

Esta é, pois, uma excelente forma de divulgar episódios históricos que envolvem um homem que colocou o amor ao próximo acima de qualquer outro amor.

Ficha técnica:

Autoria: Gilbert Cesbron
Adaptação e Encenação: Miguel Mestre
Tradução: Manuela Lapa
Elenco: Sónia Castro, Caixinha, Ricardo Onibas, Santinho, James Cuggy, Francisco Castanheira
Cenografia: Miguel Mestre
Guarda-Roupa: Miguel Mestre
Luminotecnia: Ricardo Monteiro
Sonoplastia: Miguel Mestre
Montagem de Imagens: Santinho